27 de novembro de 2011

Melanoma Oral Canino

A neoplasia é a mais comum dentre os tumores orais

Por
Nazilton Reis Filho
Aluno do 10º Semestre de Medicina Veterinária da UENP-CLM

Aline Lara Franciosi
Aluna do 5º Ano de Medicina Veterinária da UFPR

O melanoma oral tem prevalência de 6% dentre as neoplasias orais na espécie canina e em gatos este valor é menor do que 3%. A afecção é comumente observada em cães mais velhos existindo predisposição racial em animais das raças: Cocker Spaniels, Poodles miniatura, Kangals, Setter Gordons, Chow Chows e Golden Retrivers.
A localização clássica do melanoma são as mucosas orais, lábios, língua e palato duro. A neoplasia apresenta alto potencial metastático, sendo diagnosticado em aproximadamente em 80% dos casos. Os locais de predileção para metástases são linfonodos regionais e pulmões.
Os sinais clínicos presentes nos cães com melanoma oral incluem: aumento da salivação (sialorréia), edema facial, hemorragia nasal (epistaxe), perda de peso, mau hálito (halitose), descarga oral sanguinolenta e dor ao abrir a boca (disfagia).
O diagnóstico do melanoma oral deve ser baseado em histó
rico do animal, anamnese, sinais clínicos, exame físico e exames complementares como citologia aspirativa por agulha fina (CAAF), biópsia, radiografia, tomografia computadorizada e hemograma completo.
A cirurgia radical é o tratamento mais comum para melanoma oral, combinado com radioterapia e quimioterapia. A radioterapia isolada é a opção válida para tumores inoperáveis.
A extensão da cirurgia geralmente irá depender da região anatômica do melanoma, por isso, que o diagnóstico precoce possibilitará resultados mais promissores. Os prognósticos mais favoráveis irão depender do tempo de evolução do melanoma, localização, tamanho e a existência ou não de metástases.

Adaptado de: www.acvs.orgAnimalOwnersHealthConditionsSmallAnimalTopicsMandibulectomyandMaxillectomyindex.cfmdspPrintReady=Y


Referência: SMITH, S. H.; GOLDSCHMIDT, M. H.; MCMANUS, P. M. A comparative review of melanocytic neoplasms. Veterinary Pathology, v. 39, n. 6, p. 651-78, 2002.
Leitura Adicional: http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1096286707000126

Revisão e Correção: M.V. Daniel Angrimani
Mestrando em Reprodução Animal (FMVZ-USP)
São Paulo - SP

31 de outubro de 2011

Erliquiose: A Doença do Carrapato

Por
Bruno Rogério Rui
Graduado em Medicina Veterinária na UENP-CLM

A Erliquiose é uma enfermidade infecciosa ocasionada por bactérias do gênero Ehrlichia, sendo a principal espécie a Ehrlichia canis. Atualmente a doença ocorre em todo o globo, principalmente nas regiões tropicais e subtropicais e corresponde a 20% dos atendimentos em Hospitais e Clínicas Veterinárias de todo o Brasil.
A infecção acontece quando o carrapato marrom (Rhipicephalus sanguineus) pica os cães com o intuito de ingerir sangue, inoculando junto com a saliva, a bactéria. A Ehrlichia após se adentrar no animal irá destruir as células vermelhas do sangue, causando um estado de anemia severa e também irá destruir as células brancas, que tem como função a proteção do organismo, deixando o animal debilitado.
Os sinais clínicos que a Erliquiose irá provocar em um cão infectado podem ser divididos em três fases: Aguda; Subclínica e Crônica. A Fase Aguda ocorre no início da infecção e irá apresentar como sinais característicos: Febre; Perda total ou parcial de apetite; Secreção ocular e nasal; Perda de peso; Depressão e Hemorragias, que podem ser pela pele, tendo aspecto de Hematoma ou por sangramentos espontâneos, que acontecem após espirros ou pelas narinas.
A Fase Subclínica acontece somente em alguns casos, quando o animal consegue combater a Ehrlichia. Entretanto na maioria dos casos a doença se cronifica, iniciando a terceira fase, a Fase Crônica, que tem como sinal clínico: Todos os sinais da Fase Aguda atenuados e um estado de total debilitação, deixando o cão suscetível a infecção por doenças oportunistas, como pneumonias e diarréias.
Os animais diagnosticados e tratados precocemente têm em geral uma melhora em curto tempo. E como não existe vacina para prevenir que seu cão sofra de Erliquiose o controle dos carrapatos é de suma importância, o uso de produtos que agem no ambiente ou que podem ser usados no animal são geralmente utilizados, entretanto devem ser usados após a orientação de um Médico Veterinário.


Referência: BARSANTI, J.A. FINCO, D.R. Moléstias Prostáticas do cão. In: In: ETTINGER, S.J.; FELDMAN, E.C. Tratado de Medicina Interna Veterinária. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan S.A., 2004.
Leitura Adicional: - http://www.qualittas.com.br/documentos/Erliquiose%20Canina%20-%20Gustavo%20Roberto%20Stori.PDF
- http://www.scielo.br/pdf/cr/v38n3/a27v38n3.pdf

Revisão e Correção: M.V. Daniel Angrimani
Mestrando em Reprodução Animal (FMVZ-USP)
São Paulo - SP

24 de outubro de 2011

Boletim GEPA nº 2

Bandeirantes, 31 de outubro de 2011

Após um tempo adormecido, o Boletim GEPA, criado em 2009 volta a ativa. Sempre com o escopo de informar sobre a saúde dos animais domésticos e tendo como principais leitores, o público leigo e também acadêmico.

Esperamos que os textos aqui publicados cumpram seu papel de informar e esclarecer. Contudo, sempre é válido lembrar que levar seu animal ao veterinário, regularmente, é essencial para a saúde e o bem-estar do mesmo.

Obrigado.

M.V. Daniel Angrimani
Redator do Boletim GEPA (Ano 2011-2012)
Formado em 2010 pela UENP-CLM
Pós-Graduando em Reprodução Animal pela FMVZ-USP