8 de setembro de 2009

O Risco de TVT para os Cães

A Enfermidade é transmitida durante o momento do coito e as vítimas são animais jovens e com vida livre.

Por
Daniel Angrimani
Aluno do 9° Semestre de Medicina Veterinária da UENP-CLM

Seu cão (ou cadela) não é castrado? Tem acesso frequente à rua?
Se a resposta para essas perguntas for sim, seu animal corre risco de contrair Tumor Venéreo Transmissível. O TVT é uma neoplasia com alta frequencia em regiões de clima quente, como Bandeirantes e municípios vizinhos, e acomete em sua maioria animais sexualmente ativos, de faixa etária jovem e com vida livre.
A enfermidade é transmitida, durante o momento do coito. Durante o acasalamento, ocorre a esfoliação das mucosas genitais dos cães o que promove a implantação de células tumorais de um cão doente para um sadio. Entretanto, a doença também pode ser disseminada por lambedura, arranhaduras ou o simples fato de cheirar um animal acometido no local onde o tumor está inserido.
O animal com TVT pode apresentar como sinais clínicos: gotejamento de sangue a partir da região peniana ou da vagina, lambedura excessiva na área genital e, em alguns casos, pode-se observar o tumor, que se assemelha muito com uma “couve-flor” avermelhada. A doença pode se localizar nas genitálias, na cavidade oral, no focinho ou em outros locais do corpo do animal.
O TVT tem baixo potencial metastático. Isso significa que não é comum o tumor se espalhar pelo organismo dos cachorros acometidos pela doença.
Seu tratamento é essencial em razão da fácil transmissão para outros cães e pelo desconforto trazido ao animal. É imprescindível, ao aparecimento de qualquer um dos sinais citados, buscar ajuda de um médico veterinário, para que este trate o animal doente. Quanto mais cedo o tratamento se iniciar, mais eficaz tende a ser.
É importante lembrar que a castração é o método mais eficaz para prevenir o TVT nos cães. Outra forma de evitar que seu animal seja contaminado é mantê-lo seguro em casa. Se for sair, só na companhia do dono, preso em uma coleira.



Revisão e Correção:
Prof. Ademir Zacarias Junior
Clínica Cirúrgica de Pequenos Animais
Universidade Estadual do Norte do Paraná – UENP
Bandeirantes – Paraná

Boletim GEPA n°1

Bandeirantes, 9 de setembro de 2009

BOLETIM GEPA – Criado em 2009, o Boletim GEPA tem como objetivo promover um intercâmbio de informações, voltado para o público leigo e também acadêmico (estudantes e profissionais formados) sobre a saúde de animais domésticos.

PÚBLICO - Em linguagem direta e objetiva, o site busca esclarecer dúvidas; orientar proprietários sobre seu animal; auxiliar estudantes de Medicina Veterinária em pesquisas; e ainda promover atualizações de profissionais formados na área.

EQUIPE – Os textos publicados no Boletim GEPA são em sua grande maioria de autoria de estudantes de Medicina Veterinária da UENP (Universidade Estadual do Norte do Paraná) - Campus Luiz Meneghel. Os artigos são selecionados pela Comissão Organizadora do GEPA (Grupo de Estudos de Pequenos Animais) e levados para revisão e correção dos docentes da Universidade.

Esperamos que os textos cumpram seu papel de informar e esclarecer, entretanto, é válido lembrar que levar seu animal ao veterinário, regularmente, é essencial para a saúde e o bem-estar do mesmo.

Obrigado.

Equipe Organizadora:
GEPA - (Grupo de Estudos de Pequenos Animais) - Formado por alunos da UENP-CLM.
Docente Responsável - Prof. Ademir Zacarias Junior
Clínica Cirúrgica de Pequenos Animais
Universidade Estadual do Norte do Paraná – UENP